A lei que determina a extinção das assembleias distritais é clara e identifica três possibilidades: a passagem do Museu para a CIMBAL ou para a Câmara Municipal de Beja, ou então, para o Estado. Neste caso, que só sucede se as duas primeiras hipóteses se esgotarem, os 14 funcionários não serão integrados e passarão para o regime de mobilidade.
A questão é que a lei obriga a que seja tomada uma decisão nos próximos três meses e todos os que participaram neste colóquio, organizado pela Assembleia Distrital de Beja, foram unânimes em considerar que é preciso ser pragmático e esse pressuposto levou a algum consenso, nesta realização, na solução de ser a CIMBAL, numa primeira fase, a receber património e funcionários do Museu Regional. Santiago Macias explica este caminho, deixando a ressalva de que falta perceber se a CIMBAL aceita esta responsabilidade, que na sua opinião está dependente da vontade política dos municípios que integram a Comunidade Intermunicipal.
O prazo está definido por lei, o tempo é curto e o presidente Santiago Macias revelou as diligências que a Assembleia Distrital vai fazer, no sentido de ser definida uma solução, até meados de Outubro.
Dos vários contributos deixados neste colóquio destacou-se o de Bairrão Oleiro, director do Departamento de Museus Conservação e Credenciação, que recordou uma frase escrita por um ilustre da cidade, em 2003, "O distrito de Beja não deixará morrer o Museu" e que só estão duas hipóteses em cima da mesa: a passagem para a CIMBAL ou para a Câmara Municipal e os dos autarcas presentes, que garantiram estar disponíveis para assumirem as suas responsabilidades. Evidenciou-se, igualmente, a possibilidade levantada por José António Falcão, director do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, da criação de uma Associação, que consiga dar resposta, alargando o espectro a apoios da sociedade civil e pensando a gestão do Museu, com a garantia de que o Estado trate do património edificado, os municípios, sem demasiada centralidade no de Beja, do pessoal e despesas correntes e abrir o diálogo sobre o seu futuro aos agentes locais.
Ficou claro ainda, que é preciso encontrar uma solução até ao dia 26 de Outubro, a data limite apontada pela lei, assim como definir um caminho futuro de sustentabilidade para este património, que todos os presentes defenderam dever continuar a ser regional.
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