Depois deste episódio que Paulo Arsénio considera ter sido “particularmente grave” e a par da “continuada degradação do serviço ferroviário que serve Beja”, o presidente da Câmara de Beja contatou com o presidente do Conselho de Administração da CP, que se comprometeu, segundo o autarca, “a fazer um relatório exaustivo do acontecimento da passada sexta-feira”.
Paulo Arsénio diz que “este incidente abriu, finalmente, a oportunidade que há muito a autarquia requeria e que estava a ter dificuldade em conseguir”, referindo-se à marcação de uma reunião entre a CP e a CMB, a agendar para depois de dia 20 de agosto.
Caso situações como à ocorrida no dia 3 de agosto voltem a acontecer, Paulo Arsénio afirma que a CMB poderá pedir responsabilidades à tutela, contudo, adianta que a autarquia é “uma pessoa de bem” e não vai falar com entidades “ameaçando”, deixando claro que essa “não é a postura certa para quem vai numa atitude de negociar e conseguir alguma coisa boa para Beja”.
Paulo Arsénio prossegue dizendo que a CMB não sabe o que está destinado para a Linha da Beja, mas reconhece que “o serviço ferroviário que serve Beja é de muito má qualidade”, que considera ser o resultado do desinvestimento dos sucessivos governos.
O presidente da autarquia bejense sublinha que o município está atento e “bater-se-á com este Governo ou com qualquer outro governo, de forma igual”. Acrescenta que este desafio não é só de Beja, que se estende, também, a concelhos como o de Cuba e Alvito, e, termina, realçando a ideia de que “ na Europa do século XXI, o transporte ferroviário tem que ser muito mais digno do que aquele que tem servido Beja”.
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