Em Portugal não há funcionários públicos a mais, a afirmação é Edgar Santos.
O responsável em Beja pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública responde assim ao relatório da OCDE-Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico que recomenda que Portugal continue a apostar na redução do número de funcionários públicos para melhorar a eficiência dos serviços.
Para a OCDE, esta é também uma forma de continuar a reduzir o peso da despesa com salários da administração pública.
O relatório, ontem, divulgado refere que apesar de o emprego público ter caído cerca de 8% desde 2012, ainda há excesso de funcionários em áreas específicas, como as forças de segurança e a educação.
Ainda segundo Edgar Santos os funcionários públicos têm todos os motivos para participar na manifestação convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública para a próxima sexta-feira.
A reposição das 35 horas de trabalho na administração pública, o fim dos cortes salariais e um aumento salarial de 3,7%, equivalente a uma subida mínima de 50 euros, o fim da precariedade e a defesa das funções sociais do Estado. A Frente Comum contesta ainda, os cortes nas pensões, os despedimentos, o desrespeito pela contratação colectiva, a alteração à legislação laboral da administração pública, o aumento da precariedade, a falta de pessoal em todos os subsetores e o encerramento de serviços públicos por todo o País.