Uma preocupação que surge depois da empresa ter comunicado ao município que a Estação dos CTT na Vidigueira passa, na prática, a espaço comercial concessionado, embora tenha sido garantido que o funcionamento do mesmo se mantém nos mesmos moldes, em termos de impacto para a população, mas que o vínculo laboral com o funcionário que, até agora, tem vindo a exercer essas funções iria ser alterado, passando o espaço a ser concessionado a um empresário em nome individual, podendo a estação, agora Posto de Correios, vir a ser utilizado pelo mesmo para o desenvolvimento de outras actividades.
Independentemente das considerações individuais que possam vir a ser feitas sobre o novo modelo de funcionamento, o município entende que esta estratégia, longe de assegurar a prestação de um serviço postal universal, e muito menos melhorá-lo, insere-se numa perspetiva economicista que apenas pretende garantir aos interesses do poder económico que hoje controla os CTT: a obtenção de máximo lucro à custa que quaisquer outros interesses, neste caso os da população. Prova disso é o facto de terem sido distribuídos milhões aos acionistas, num valor que ultrapassou o dobro dos lucros de 2017, 57 milhões de euros e a empresa ter agora procedido ao aumento médio dos vários serviços prestados em 4.5%.
O Município da Vidigueira considera que é necessário inverter toda esta situação, reclamando da administração central as medidas necessárias para reverter o processo de degradação de prestação deste serviço, que se tem vindo a acentuar nos últimos anos.
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