O jornalista Carlos Lopes Pereira comenta a atualidade política nacional e internacional.
90 por cento do País está em seca severa ou extrema e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um novo agravamento da situação. Portugal e Espanha estiveram na União Europeia a pedir medidas para minimizar os efeitos deste flagelo na Península Ibérica.
Os produtores de porco alentejano estão a ter um ano “péssimo” para a engorda dos animais, devido à seca e à falta de pastagens para alimentar os animais, revelou hoje o presidente da associação de criadores.
A produção de azeite deverá registar nesta campanha um valor recorde, aumentando 46 por cento face a 2019. Um crescimento que contrasta com os “mínimos históricos” da área de cereais de inverno, penalizada pela seca, divulga o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A localidade de Espírito Santo, no concelho de Mértola, é a única em todo o distrito de Beja onde o abastecimento público está a ser assegurado com recurso a água transportada através de autotanques.
A direção Regional do Alentejo (DRA) do Partido Comunista Português (PCP) reuniu-se. A situação económica e social e os resultados eleitorais das legislativas 2022 foram alguns dos temas discutidos. Neste encontro perspetivou, igualmente, a ação política imediata do partido. PCP revela, ainda, várias iniciativas marcadas, para os próximos meses, “em defesa dos trabalhadores e dos seus direitos”.
A Comissão Europeia indicou ontem que está em contacto com as autoridades nacionais e regionais portuguesas para analisar possíveis apoios, no quadro da Política Agrícola Comum (PAC), para fazer face à seca, que admite ser uma “catástrofe”.
Os anos mais quentes desde 1931 aconteceram desde 2000, segundo os dados recolhidos pelo Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), que indicam que em 11 dos últimos 22 anos, a precipitação foi abaixo da média.
O Governo está a preparar uma linha de crédito à tesouraria e apoio aos custos com a eletricidade no setor agrícola e pecuário para mitigar o impacto da seca. A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) diz que estas medidas são curtas” e no caso de continuar sem chover pede “apoios diretos” e uma "equipa no novo Ministério da Agricultura capaz de os implementar", assim como de "encontrar, com os homens da terra, respostas para as dificuldades."
O presidente da Câmara de Almodôvar, no distrito de Beja, defende a construção de uma barragem na ribeira de Oeiras, que atravessa o concelho, para combater a seca e garantir o abastecimento público em três municípios.
A seca é um problema “gravíssimo” e que vai ficar “nos próximos anos” logo é “necessário adaptarmos a nossa vida a estas circunstâncias”. Isto mesmo defendeu à Lusa o investigador Francisco Cordovil, defendendo a “adaptação da agricultura” e da “floresta” a este “contexto difícil”.
A Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja alertou para o “risco acrescido de incêndios devido à seca” e para o facto, dos meios de defesa ainda “não estarem todos acionados”. O Instituto da Conservação da Natureza (ICNF) reuniu, em conjunto com a Agência Integrada de Fogos Rurais (AGIF), 250 elementos que integram os gabinetes técnicos florestais para ajudarem a combater esta situação.
A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) reuniu-se e definiu 12 medidas urgentes para mitigar os efeitos da seca nos municípios do distrito de Beja que a integram. Propostas para serem enviadas ao novo governo da nação e que têm como propósito resolver os problemas com os quais a agricultura e agropecuária se deparam.
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) considerou que o Alentejo estaria numa “situação complexa” sem o Alqueva, defendendo que o projeto devia ser replicado noutras regiões para minimizar efeitos da seca.
A falta de chuva e as temperaturas amenas estão a deixar preocupados os produtores de vinho do Alentejo, que anseiam por mais água em março e abril, afirma o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). Portalegre e Vidigueira registaram, entre novembro de 2021 e janeiro deste ano, um aumento da temperatura média de “cerca de um grau” em relação ao mesmo período do ano passado.
O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja alerta para o risco acrescido e elevado de incêndios devido à seca. Domingos Fabela pede à população em geral e aos agricultores cuidados, e atenções, acrescidos, assim como toda a colaboração, no sentido de se evitarem situações de incêndios. O responsável recorda que "todos os dispositivos" ainda não estão acionados, mas que os bombeiros estão preparados para dar resposta.
O jornalista Carlos Lopes Pereira comenta, na Voz da Planície, a atualidade política, centrando atenções nos planos nacional e regional.
Num período de seca “extrema”, a sul do Tejo, assinalar o enchimento, há 20 anos, do “oásis no Alentejo”, assume particular importância. A barragem do Alqueva leva água à casa de 250 mil alentejanos, rega 130 mil hectares e perspetiva beneficiar mais 20 mil. Emprego e fixação de população são, contudo, perspetivas que continuam por cumprir.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pede que seja reforçado, no novo governo do País, o Ministério da Agricultura, perante as dificuldades crescentes que afetam o sector agrícola.
O Gabinete de Estudos da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) fez um levantamento sobre a “pobreza no feminino”. Os dados revelam que mais de dois milhões de pessoas estão em situação de pobreza e que mais de um milhão são mulheres residentes no País, 23,5%. No caso dos homens atinge 21,1%.
O Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) classifica a seca no distrito de Beja de “extrema”. Associação de Agricultores do Campo Branco (A.A.C.B.) e “homens da terra” fazem o retrato do impacto da falta de chuva. Sublinham que “se não chover nos próximos 15 dias, pastagens e culturas outono/inverno estão perdidas” e “sem ajudas extraordinárias, as explorações de sequeiro não vão sobreviver”.
“Com 45% do país em situação de seca severa e extrema e a disponibilidade de água em níveis críticos nas barragens portuguesas”, a Federação Nacional de Regantes (FENAREG) identifica medidas urgentes para mitigar os efeitos da seca na agricultura, no sentido de ser garantido, diz o comunicado, “o acesso dos agricultores à água e assegurar a produção da campanha agrícola”.
No seguimento do recente comunicado do IPMA relativamente à seca em Portugal, que classifica de “situação complexa”, a Federação de Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) manifesta a sua “grande preocupação relativamente à agricultura de sequeiro, à pecuária extensiva e também à falta de reservas hídricas, quer para o abeberamento animal, quer para o regadio.”
A barragem do Alqueva garante “rega e abastecimento de água às populações”. A “albufeira está, atualmente, com 79,15% da capacidade máxima” e consegue fazer “todos os fornecimentos” mesmo em períodos de seca como o que se está a viver. “250 mil alentejanos dependem de Alqueva para ter água nas torneiras”, assegura a EDIA.
A campanha de rega de primavera/verão a partir da albufeira de Campilhas, no concelho de Santiago do Cacém (Setúbal), não vai ser realizada devido à seca, afetando 2.000 hectares, revelou um responsável da associação gestora deste perímetro.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) alerta sobre a “situação dos elevados custos dos fatores de produção, que estão a criar dificuldades aos agricultores.” A Confederação destaca a “demora na concretização da medida da «Eletricidade Verde», aprovada na Assembleia da República”, que “deveria estar em vigor desde o passado dia 1 de Janeiro”.
O abastecimento de água às populações no Alentejo não está ameaçado pela seca, mas a situação tem de ser acompanhada “com muita atenção”, disse o presidente da Águas Públicas do Alentejo (AgdA), Francisco Narciso, em declarações à Lusa.
A Câmara Municipal de Vidigueira está a levar aos estabelecimentos de ensino do concelho, o projeto “A Proteção Civil vai à escola”, durante todo o ano letivo 2021/22. “Sensibilizar e preparar a comunidade escolar para os riscos a que estão sujeitos nos limites territoriais do concelho” são os objetivos.
Hoje é Rui Garrido, presidente da ACOS, quem faz um balanço do ano de 2021 no que diz respeito à agricultura. Perspetiva um 2022 em que soluções sejam criadas para resolver os problemas que assolam o setor, principalmente no que diz respeito aos cereais e olival.
Os agricultores do Campo Branco, concelhos de Castro Verde e Almodôvar e parte dos de Aljustrel, Mértola e Ourique, estão a sentir dificuldades provocadas pelo aumento dos combustíveis, que encarecem os custos dos fatores de produção e pelo ano agrícola menos bom que esperam devido à falta de chuva, pois aqui a influência do clima é acentuada. De tudo isto falam os agricultores António Tomé e Teresa Mestre.
Odemira recebe neste domingo Marcha pela Água - Pela regeneração ecológica da região e contra a expansão da agroindústria. Uma iniciativa que junta todos os que se preocupam com estas matérias.
Juntos pelo Sudoeste é um movimento apartidário de cidadãos de Odemira e Aljezur que se encontram seriamente preocupados com a situação atual do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, face ao “avanço galopante e descontrolado da indústria agrícola em regime intensivo que vem pôr em causa a integridade do território”.
A APBA- Associação de Proprietários e Beneficiários do Alqueva manifesta a sua preocupação com o projeto, integrado no Plano de Recuperação e Resiliência, que contempla uma captação no Rio Guadiana, a localizar perto do Pomarão, para reforço de disponibilidades de água no Algarve. Esta captação pode por em causa a viabilidade dos investimentos já realizados pelo Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, da responsabilidade da EDIA.
O objetivo principal desta campanha é combater a situação de emergência alimentar vivida em Moçambique, e neste âmbito, a ADPM encontra-se a desenvolver uma campanha urgente, que possa contribuir para minimizar esta situação.
O desastre aconteceu em março de 2019, porém dois anos depois a situação continua a ser grave ao nível da segurança alimentar. Enfrentando uma das épocas ciclónicas mais fortes de sempre, muitos dos avanços ao nível da produção agrícola tiveram grandes retrocessos, avança a ADPM, que juntamente com outras ONG, tem vindo a trabalhar na recuperação das comunidades mais afetadas pelos ciclones Idai e Kenneth.
A AgdA, Águas Pública do Alentejo e a SADE, Compagnie Génerale e Travaux D’Hydraulique assinam hoje, a consignação da empreitada, que assim assinala o inicio dos trabalhos de construção dos eixos secundários da adução ao eixo Almodôvar e Mértola sudoeste, no valor de 2 milhões de euros, com um prazo de execução de 365 dias.
O Município de Beja celebrou, esta semana, com a APA - Agência Portuguesa do Ambiente, um protocolo de cooperação no âmbito do Plano de Eficiência Hídrica do Alentejo.
Em nota de imprensa, a EDIA frisa que “o maior lago artificial da Europa” conseguiu suportar longos períodos de seca, garantindo “a água necessária para todas as atividades que dela dependem dentro da sua área de influência”. Acrescenta que até esta data “Alqueva distribuiu cerca de 350 milhões de metros cúbicos de água”.
As Águas Públicas do Alentejo apresentaram à Câmara Municipal de Mértola o Plano de Investimentos no concelho, numa sessão técnica que decorreu no passado dia 10. “Estes investimentos irão resolver grande parte dos problemas relacionados com a qualidade e quantidade da água, em determinadas zonas do concelho”, afirma a autarquia, em nota de imprensa.
A ligação da albufeira do Monte da Rocha, situada no concelho de Ourique, ao Alqueva, através da Barragem do Roxo é para o Governo um projeto prioritário. O projeto de execução da obra encontra-se em fase de elaboração e tudo indica que esteja concluído em outubro deste ano. O presidente da autarquia de Ourique mostra-se satisfeito com o anúncio do Ministério da Agricultura.
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